quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O BRASIL NÃO É PARA PRINCIPIANTES

E viva a polêmica, vou começar a segunda semana da coluna falando o que todos querem ouvir.

PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: Quem compra bolsa a 62 mil pontos espera vender onde hein?


Para onde vai o mercado? Não importa ler sobre indicadores, ler sobre resultados corporativos, sobre indicadores econômicos, sobre política e macroeconomia, o que realmente os investidores querem saber é se a bolsa vai subir ou se vai cair.


Essa resposta é simples, não importa o que você fizer, basta estar do lado certo, para isso vou copiar uma máxima que acho que se encaixa nesse contexto: “A primeira lição que aprendi foi simples: se você quiser nadar entre os tubarões é melhor se tornar um deles. Um tubarão nunca é desleal ou desonesto: é implacável - e sabe muito bem o que quer.”


Ao longo dos anos, os mercados de ações oscilam e mantêm sua tendência de alta. Então é fácil para quem é investidor, comprar boas empresas e ao longo do tempo vão trazer bons resultados, para quem tem a intenção de especular, ai são outros 500.


Grande destaque foi a forte recuperação da ECOD3 com as noticias vindas da reestruturação e a mão do governo para o setor de biodiesel. O volume negociado no mês chega a 77MM diário, níveis muito acima da média do ano em torno de 7MM.


Só para lembrar os desavisados, eu não acredito em gráficos.


E o dólar? Vamos viajar. Recomendo para o exterior na festa da virada.


A rainha está atrasada, pode ser a próxima surpresa a mostrar recuperação na bolsa. Final de ano tem que ter Petróleo.


O lobby do mega empreendedor Eike sobre a VALE fez o papel disparar na bolsa. Até quando?


A economia chinesa é um bólido, ninguém consegue segurar. O Brasil é a cara metade da China, por isso a razão do meu otimismo.


Teoria do descolamento? Não. Prefiro a teoria do momento.


MUDANDO DE ASSUNTO


A TBCS Intelligence braço de cursos da TBCS já tem mais de 1.000 alunos treinados. Nossa empresa agora tem 6 opções de cursos, sempre com lotação máxima, nosso grande diferencial é levar a sala de aula professores que trabalham e respiram o mercado de ações.


Falando nisso, estamos abrindo novas filiais, o objetivo é fechar o ano com 10 escritórios.


Relembrando: Para quem está vendido, o céu é o limite do prejuízo.


Esqueça o passado, mire o futuro.


Saudações, Bons Negócios, e boa semana.


Ferri


*Rafael Ferri é sócio-diretor de operações da TBCS Investimentos. Este artigo é produzido por seu autor com intuito meramente informativo, não constituem recomendação para investimento, apenas reproduz a opinião pessoal do autor. A TBCS e o autor não se responsabilizam por decisões tomadas com base nesse conteúdo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SEIS RAZÕES PARA O OTIMISMO NAS BOLSAS

SEIS RAZÕES PARA O OTIMISMO NAS BOLSAS

FONTE: PORTAL EXAME.

Bank of America Merrill Lynch mostra quais são os pontos que o levam a crer que há mais motivos para otimismo que pessimismo no mercado
A arrancada de mais de 50% nas bolsas mundiais logo após a crise que foi considerada a mais grave desde 1929 está deixando muito investidores ressabiados. Em relatório, o Bank of America Merrill Lynch afirma que não se surpreenderia se houvesse uma queda de 5% ou 10% nas bolsas, mas acredita que há mais motivos para o otimismo que para o pessimismo no mercado acionário. "Podemos ver um recuo como uma oportunidade de compra, não como um sinal de grande correção no mercado", destaca a instituição.
Em seu estudo, o Bank of America Merrill Lynch aponta seis fatores que sustentam a visão de que as bolsas devem continuar subindo nos próximos meses. Veja a seguir.
1 - Historicamente, este rali está defasado: o Bank of America Merrill Lynch explica que desde março, quando o S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas da Bolsa de Nova York, registrou seu menor valor, as ações subiram 50%, percentual considerado moderado se comparado à queda acumulada anteriormente. A instituição explica que há uma forte relação entre o tamanho da queda e sua recuperação. Em sete meses, o S&P 500 recuperou apenas 43% desde seu ponto mais baixo. Historicamente, deste ponto até a recuperação total, o mercado precisaria subir 65%. "Por isso, esse rali não pode ser visto como um exagero”, destaca o Bank of America Merrill Lynch.
2 - Os investidores continuam pessimistas: apesar da melhora no humor do mercado no decorrer do ano, os investidores mantêm-se céticos em relação à recente alta da bolsa. As projeções dos analistas do Bank of America Merrill Lynch mostram que ainda há muito espaço para novas altas na bolsa americana antes que a valorização seja considerada exagerada.
3 - Suporte macroeconômico: já há sinais que mostram que a crise econômica está ficando para trás. As projeções do Bank of America Merrill Lynch apontam um crescimento de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 2010.
4 - Expectativa de crescimento sustentável a partir do quarto trimestre: o Bank of America Merrill Lynch espera que o lucro por ação das empresas listadas na Bolsa de Nova York volte a ser positivo nos últimos três meses de 2009. Esse movimento deve se repetir em 2010 e 2011, impulsionado pela valorização das commodities, das empresas exportadoras e do setor financeiro.
5 - Potencial de valorização: com a expectativa de ganhos a partir do quarto trimestre, o Bank of America Merrill Lynch espera que o S&P 500 chegue aos 1200 pontos nos próximos 12 meses. Atualmente, o indicador encontra-se na cada de 1070 pontos.
6 - Ações estão mais atrativas que os títulos públicos: com os títulos de 10 anos do Tesouro americano pagando juros de 3,2% ao ano, e os dividendos do S&P 500 em 2,1% ao ano, o investimento em ações está se tornando mais atraente, já que embute a perspectiva de ganho não só com os dividendos, mas também com a valorização dos papéis. Além disso, quem investir em ações poderá se beneficiar de incentivos fiscais.
Para o Bank of America Merrill Lynch, os juros nos Estados Unidos continuarão baixos até 2011, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) voltará a elevar gradativamente as taxas. Por outro lado, o banco vai precisar de 2 trilhões de dólares para quitar dívidas, devendo pagar melhores rendimentos para refinanciar os débitos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mais light, semana que vem inspira grandes apostas, que flertam com os 60 mil pontos

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
11/09/09 - 20h50
InfoMoney


SÃO PAULO - Por mais que se fale em realização, o mercado teima em escapar do ajuste. O fôlego dos últimos pregões colocou o Ibovespa com saldo positivo de mais 3% nos últimos cinco dias. Seja por renovar a máxima do ano, seja por já ter subido mais de 55% desde janeiro, todo mundo fala em realização.

"Quando muita gente fala em realização, ela não acontece", responde Rafael Ferri, diretor da TBCS. O fato de muita gente esperar não é garantia de ajuste. Afinal, alguns pontos ainda inspiram expectativas de alta para o Ibovespa.

Rossano Oltramari, economista-chefe da XP Investimentos, lembra que "semana que vem tem uma agenda um pouco mais light". Por estas e outras, "estou acreditando que o mercado tem grandes chances de romper essa resistência dos 58.500 pontos". Oltramari vai além: "tem uma grande chance de a gente buscar os 60 mil pontos já na semana que vem".

Incomodados
Por falar em agenda mais amena, o fato é que o mercado doméstico vem acompanhando as passadas de Wall Street. Mas quando o assunto é economia "tem um descolamento do Brasil impressionante", destaca Ferri. Para ele, "o fluxo de capitais para o Brasil está muito grande e também uma entrada maciça de investidores pessoa física ainda não aconteceu", o que pode ser sinal de mais fluxo rumo às ações.

Boa parte do otimismo de Oltramari vai do tal fluxo. Para explicar, o economista da XP faz uma conta fácil. "Acho que esse fluxo que tivemos esse ano é apenas início de uma grande onda".

A conta fácil
Pudera. "Ano passado, o dinheiro grande vendeu ativos de risco no mundo todo e foi para dólar e Treasuries. Passada a crise, os gestores deste capital estão incomodados. Posicionados em uma moeda que tem expectativa de grande desvalorização diante de todas as moedas do mundo e títulos que rendem 1% ao ano".

Agora a conta: "entrou R$ 14 bilhões apenas e fez a bolsa ir de 35 mil pontos em março para 58 mil pontos hoje. Ano passado saíram R$ 25 bilhões. Ou seja, veio um pouco mais da metade e já fez todo esse barulho". Pela atratividade dos BRICs, Oltramari acredita que o fluxo vai continuar voltando.

Há espaço
Todo este otimismo ainda encontra drivers extras. Tem aquele prometido investment grade da Moody's a se confirmar, tem a boa surpresa do PIB desta última sexta-feira. Rafael Ferri acha que "se romper os 58.800, o Ibovespa bate 62.500". Mas lembra que os 58.800 pontos são uma barreira forte, uma barreira psicológica. "Eu não sou grafista, mas acho que esse nível somado à melhora do PIB e ausência de notícias negativas pode manter o mercado em alta".

Rossano completa. "A gente está otimista, achamos que a bolsa pode continuar subindo sim. Obviamente que temos pé no chão, a gente sabe que a bolsa já subiu 50% esse ano e o grande movimento já ocorreu, mas existe espaço para a bolsa continuar subindo".

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

SEGUNDO MANTEGA, MOODY'S DEVE ELEVAR BRASIL A GRAU DE INVESTIMENTO EM SETEMBRO

SÃO PAULO - O Ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou na tarde desta quarta-feira (26) que a agência de classificação de risco Moody's dá indícios de que ampliará o rating do Brasil para investment grade. A agência é única das três grandes - as outras são S&P e Fitch - que ainda não confirmou a classificação ao País.

Segundo as declarações de Mantega, o upgrade na nota tende a ser confirmado pela agência em setembro. Vale ressaltar que a Moody's colocou os os ratings Ba1 em moeda local e estrangeira do Brasil em revisão para possível elevação no último dia 6 de julho.

Na ocasião da alteração de perspectiva, a agência afirmou que "a crise revelou as forças estruturais que o Brasil construiu ao longo da última década e que, até recentemente, não haviam sido testadas dado o ambiente favorável dos últimos anos".

De acordo com a Agência Estado, a informação de Mantega vem de contato recente com representante da Moody's. Mauro Leos, responsável da Moody's pela América Latina, se reuniu com o presidente do Banco Central Henrique Meirelles em Nova York, afirmando que a reunião da agência que irá avaliar o caso brasileiro deve ocorrer em alguma data de setembro.

Elogios ao governo

Quando revisou a perspectiva para o rating brasileiro, a Moody's fez claros elogios à política brasileira diante da crise. "As respostas das autoridades tem sido, até o momento, efetivas em conter o impacto da crise global na economia brasileira, oferecendo evidência de uma maior resistência a choques - característica considerada como integral a um perfil de crédito de grau de investimento" revelou na ocasião Mauro Leos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MERCADO RELEVA ALERTA DE ROUBINI SOBRE "DUPLO MERGULHO" DA CRISE

Josué Leonel, jornalista

São Paulo, 24 - Pelo menos nesta segunda-feira, a nova investida pessimista do economista Nouriel Roubini parece não ter tido efeito no mercado. Por falta de visibilidade, não foi. O artigo do economista alertando para o risco crescente de um "duplo mergulho" (double-dip) recessivo da economia americana está no topo do
portal FT.com, do jornal Financial Times, e apareceu com destaque em praticamente todos os demais sites internacionais de economia e finanças. Embora as bolsas tenham perdido gás na parte da tarde, o mercado deu sinais de apostar na continuidade da recuperação da economia internacional, aparentemente sem uma recaída como a preconizada por Roubini. A advertência ficou no ar e não causou estrago hoje, mas poderá ser lembrada caso novos indicadores, especialmente nos EUA, contrariem as previsões mais positivas.

O economista americano que comanda o site RGE Monitor chama a atenção para riscos que, se concretizados, podem levar a uma recidiva da crise. Entre eles, estaria o endividamento dos EUA, que coloca o país mais rico do mundo em uma espécie de beco sem saída. Caso resolva cortar gastos e elevar impostos para atacar o déficit e reduzir a dívida, o governo americano poderá minar o processo de retomada. Por outro
lado, não agir e permitir a continuidade do déficit fiscal em níveis insustentáveis poderia levar o mercado a puxar as taxas de juros, desdobramento que, combinado à alta da inflação, resultaria no temido cenário de estagflação.

Embora os investidores provavelmente não ignorem os riscos citados por Roubini, o fato foi que os dados divulgados hoje nos EUA e na Europa acabaram reforçando os argumentos da ala mais otimista do mercado. Números do Fed de Chicago revelaram que o índice de manufatura do meio-oeste subiu 2,6% em julho, para o nível sazonalmente ajustado de 79,7. Foi o primeiro ganho mensal do índice desde junho de 2008 e o mais
acentuado aumento mensal desde setembro de 2003. As encomendas à indústria da zona do euro, por sua vez, cresceram 3,1% em junho na comparação com maio, o maior aumento desde novembro de 2007.

Os indicadores desta segunda-feira não estão isentos dos devidos contrapontos. No caso do índice do Fed de Chicago, o dado foi muito favorecido por um setor específico, o de veículos. Além disso, o indicador saiu de uma mínima em 16 anos em junho, ou seja, subiu sobre uma base muito baixa. Quanto ao indicador europeu,
deve-se ponderar que o dado ainda registrou queda expressiva, de 26,9%, ante junho do ano passado.

Ainda que as advertências de Roubini venham a se revelar corretas, não necessariamente elas farão efeito sobre os mercados no curto prazo. Vale lembrar que o próprio Roubini transformou-se em celebridade ao prever, ainda em meados de 2006, que os EUA passariam pela mais grave crise desde os anos 30. Contudo, a crise só se agravou e ganhou contornos globais no segundo semestre de 2008. Desta vez, mesmo que o "duplo mergulho" previsto pelo economista americano se confirme, pode ocorrer de o mercado ainda contar com tempo para esticar seus ganhos antes que as previsões do "Dr. Catástrofe" comecem a se materializar.

Especificamente no que diz respeito ao Brasil, há ainda um contraponto positivo. O País foi situado por Roubini entre as economias que estão se recuperando mais rapidamente. O economista dividiu o cenário global em dois grupos, de acordo com a situação frente à crise. No primeiro, formado por EUA, Reino Unido, Espanha e Itália, a recessão não estaria "formalmente encerrada" antes do fim do ano. O Brasil estaria em um segundo grupo, formado por países nos quais a recuperação já teria começado, junto com Austrália, Alemanha, França e Japão, entre os países desenvolvidos; e China, Índia e partes da Ásia e América Latina, entre os emergentes. Talvez não por mera coincidência, bolsas destes países, como a brasileira BM&FBovespa, estão com desempenho muito melhor do que o apontado pelos mercados acionários de Wall Street neste ano.

(Josué Leonel é colaborador da AE e comentarista da Rede Eldorado)

100% DE GANHOS EM 2009

100% DE GANHOS EM 2009
Portal Exame

Quarenta e sete ações negociadas diariamente na Bovespa permitiram aos investidores, ao menos, dobrar o capital investido neste ano (veja abaixo). Destas, quatro ainda são consideradas baratas, de acordo com dados da consultoria Economática. São elas: Triunfo, General Shopping, Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e JB Duarte.



Por que essas empresas são classificadas como pechinchas? Porque seu atual valor de mercado é menor que seu patrimônio líquido. O natural seria o contrário. Explicando: o valor de mercado de uma empresa engloba, além de seu patrimônio líquido, as perspectivas de crescimento do negócio. Se seu valor de mercado é inferior ao patrimônio líquido é sinal de que não está refletindo nem mesmo os bens (como máquina, equipamentos, imóveis, etc.) que possui.

Lista completa em:

http://www.tbcs.com.br/coluna-diaria.php?id=517

domingo, 23 de agosto de 2009

Coluna Folha Finanças e Negócios - Folha do Estado - Cuiabá MT

Mercado Mundial

A semana passada começou tensa nos mercados mundiais. Os dados da Ásia - principalmente da China que apresentou queda no investimento estrangeiro e desencadeou forte queda nas commodities no mercado spot - trouxeram preocupações e os mercados abriram em forte queda. Os agentes financeiros mundiais que vêm surfando na forte alta das commodities e das bolsas desde março deste ano, sabem que este movimento foi impulsionado na expectativa de uma reação consistente na economia mundial. Agora todos estão esperando que os dados econômicos correspondam a estas expectativas para se manterem na crista da onda. Neste sentido, também é consenso que na medida em que os dados não apontem para o projetado o mercado tenda a se ajustar a um patamar mais próximo da “realidade”, que ainda não oferece um cenário tão otimista, mas já considera os sinais mais concretos de que uma recuperação é possível. Este patamar de ajuste seria um ponto psicológico pouco abaixo da metade do caminho entre o começo desta onda de alta – 36.000 pontos do Ibovespa em meados de março – e a máxima atingida antes da suposta realização. E a verdade é que, apesar do momento ser favorável para os mercados em função dos sinais de recuperação na economia mundial e das expectativas estarem em alta, ninguém quer devolver os ganhos obtidos até o momento. Com isso os nervos estão cada vez mais aflorados e o mercado está traduzindo este sentimento nas fortes oscilações vistas nesta semana. O momento requer atenção e a utilização de estratégias de defesa de posições até que as lacunas se fechem no decorrer das próximas semanas.

Bolsa de Valores

A abertura negativa dos mercados na semana pareceu confirmar o início de uma onda forte de realização de lucros, mas o apetite dos investidores por risco fez do movimento de queda uma janela de oportunidades. Os investidores foram às compras e a queda de 2,5% da Bovespa na segunda-feira se converteu em uma semana de bons negócios com o Ibovespa fechando aos 57.728 pontos, com alta de 1,93% na semana, acumulando ganhos de 5,41% no mês e 53,74% no ano. O número mágico da vez é 62.000 pontos. Muitos analistas, principalmente os grafistas, vêm apontando para Bovespa nesse patamar ainda no mês de agosto. Certo ou não, uma história repetida mil vezes como verdadeira pode vir a se realizar. A questão é: Chegando lá, o que vem depois?
A alta da semana foi garantida pelas vendas de imóveis residenciais usados nos EUA, que subiram 7,2% em julho com relação ao mês de junho. A venda de imóveis usados bem acima do esperado junto com os dados da produção industrial nos EUA e a melhora da confiança na Europa tirou o foco dos índices de inflação, das licenças de construção de novas casas e de emprego nos EUA que apresentaram viés negativo.
O destaque do mercado continua sendo o setor imobiliário, com o índice IMOB acumulando alta de 10% na semana e 14% no mês. Mesmo com papéis com altas de mais de 300% no ano, ainda encontra-se papéis com variação negativa no acumulado de 12 meses. Mais informações sobre o setor em franciscodeblanco.blogspot.com.
A Petrobrás – PETR3 e PETR4 – apresentou seus resultados do segundo trimestre na primeira quinzena de julho. Os resultados foram considerados de em linha para fraco. Contudo, os anúncios de sucesso na extração nas áreas do pré-sal e de novas descobertas de poços no litoral carioca vêm fazendo a pauta da empresa na mídia e nos relatórios de analistas.

Câmbio

O dólar que iniciou um movimento de recuperação na semana passada voltou a ceder com o aumento do apetite por risco nos mercados mundiais. O movimento segue um padrão de oscilação característico de especulação. Mesmo com o Banco Central atuando na ponta compradora a divisa fechou a semana a R$ 1,831.

Boa Semana e Bons Negócios
Francisco F. de Blanco
TBCS Investimentos
MT@tbcs.com.br

Fumaça na Petrobras.

A pesar do resultado do trimestre não ter apresentado nenhum gatilho para o papel se movimentar, a pauta da empresa na mídia nas últimas semanas vem sendo bastante positiva. Destaque para o sucesso da exploração das áreas do pré-sal e para as descobertas de óleo leve nos campos do litoral carioca. Sem contar com o petróleo que vem escalando os gráficos nas últimas semana fechando a quase USD 74 o barril nesta sexta. Maior cotação no ano. Soma-se a isso um movimento de compra de estrangeiros nas últimas duas semanas e a conclusão é quase natural. Há fumaça e ela já foi avistada no hemisfério norte do globo. Se o mercado mundial se mantiver estável na próxima semana deve ter samba nas plataformas esparramadas pelo litoral brasileiro.

Construção e Siderurgia esperam pelo Minha Casa, Minha Vida

O Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal vem causando frisson nos investidores que estão elevando as apostas no, até então combalido, setor imobiliário brasileiro. O resultado deste movimento são ações com altas superiores a 200% no ano.

Outro setor que deve se beneficiar com o programa é o da Siderurgia. Empresas que produzem aços longos como a Gerdau devem elevar bastante o volume de vendas domésticas. E nessa esteira entram também as empresas de material de construção, como a Duratex.

Empresas de Construção Civil - Variação Acumulada

domingo, 16 de agosto de 2009

RECUPERAÇÃO DO MERCADO DOMÉSTICO PUXA LUCRO DA PETROBRAS

São Paulo e Rio, 14 - A recuperação do mercado doméstico beneficiou o resultado da Petrobras do segundo trimestre deste ano, quando a companhia apresentou lucro líquido de R$ 7,7 bilhões, alta de 33% em relação aos três primeiros meses de 2009. Após registrar queda nos volumes vendidos no País entre janeiro e março, a estatal conseguiu retornar ao nível de comercialização anterior à crise global. As vendas de combustíveis da Petrobras no mercado interno aumentaram 10% no segundo trimestre, em comparação aos três primeiros meses de 2009.

"Não sei se dá para falar que a crise já passou, mas pelo menos os efeitos aqui (no Brasil) estão demonstrando recuperação", afirmou o diretor Financeiro da companhia, Almir Barbassa, durante a apresentação dos resultados a jornalistas. A estatal vendeu 1,763 milhão de barris por dia (bpd) de derivados no Brasil no segundo trimestre, ante 1,765 milhão de barris no mesmo período de 2008. Entre janeiro e março de 2009, a estatal comercializou 1,6 milhão de bpd no Brasil, reflexo da queda na demanda por diesel e gás natural em razão da desaceleração da atividade econômica.

O desempenho operacional foi o principal destaque do balanço financeiro da companhia, beneficiado também pelo aumento da produção de petróleo, pela alta do preço da commodity no mercado internacional e pelo desempenho positivo de sua balança comercial. A margem Ebitda da companhia atingiu 39% no segundo trimestre de 2009, ante 32% nos três primeiros meses do ano, o equivalente a um crescimento de sete pontos porcentuais. Mesmo em relação ao segundo trimestre de 2008, quando o preço do barril aproximava-se do recorde de US$ 145 atingido em julho, a margem Ebitda cresceu seis pontos porcentuais.

Os estoques de óleo a preços mais baixos do que os de realização também foram relevantes para a melhora no resultado, propiciando ganhos de R$ 1,4 bilhão no período. A empresa estava com elevados estoques a um preço menor na virada do trimestre, antes da alta do valor do barril de petróleo. Com o aumento do preço do barril durante o trimestre, a estatal pôde vender o produto a preços mais altos. O preço médio da commodity no mercado internacional passou de US$ 45 o barril, no primeiro trimestre, para a média US$ 59 o barril entre os meses de abril e junho.

Por outro lado, a valorização do real de 15% real no período provocou um efeito negativo sobre o resultado financeiro, que ficou no vermelho em R$ 2,46 bilhões no segundo trimestre, ante prejuízo financeiro de R$ 849 milhões nos três primeiros meses de 2009. Apesar de a queda do dólar no período ter provocado um resultado financeiro positivo no valor de R$ 566 milhões sobre o endividamento líquido da companhia, a estatal aumentou em R$ 1,61 bilhão o seu prejuízo na linha financeira devido às perdas cambiais sobre recursos aplicados no exterior, que somaram R$ 2,82 bilhões. "Na prática um fator acabou quase anulando o outro", disse Barbassa.

Barbassa também comentou durante entrevista coletiva que os investimentos da companhia em 2009, previstos inicialmente para atingir R$ 61 bilhões, devem ultrapassar este valor. Segundo ele, como foram investidos mais do que 50% no primeiro semestre, há esta tendência, considerando que historicamente os investimentos da estatal são maiores no segundo semestre.

Além disso, disse o diretor, houve alguns projetos que foram incorporados aos investimentos previstos pela estatal no ano, o que pode puxar para cima os valores estimados inicialmente. Entre esses projetos estão duas sondas que a companhia negociou para perfurar no pré-sal, a Cajun Express, da Transocean, e a West Polaris, da Seadrill. Esses equipamentos não estavam incluídos no pacote de encomendas que a estatal previa para o programa de perfurações este ano.

Segundo Barbassa, a empresa está de olho em novas oportunidades que surgirem no mercado para negociar novas sondas, e isso pode elevar os valores ainda mais. O diretor não quis revelar o valor negociado, mas lembrou que cada sonda envolve uma série de outros contratos para a instalação da infraestrutura de cada poço a ser perfurado. Ele lembrou que cada poço custa em média US$ 60 milhões apenas para sua perfuração, valor que pode dobrar considerando a infraestrutura que envolve a ação.

AE BROADCAST - CENÁRIO-2: CONFIANÇA MENOR NOS EUA DEPRIME BOLSAS E FAZ DÓLAR SUBIR

AE BROADCAST - CENÁRIO-2: CONFIANÇA MENOR NOS EUA DEPRIME BOLSAS E FAZ DÓLAR SUBIR

O declínio na confiança dos consumidores dos EUA neste mês, após a queda das vendas no varejo no país em julho divulgada ontem, provocou realização de lucros nas Bolsas internacionais e na Bovespa. Os investidores também reduziram posições em commodities. Boa parte desses players migrou para o dólar e os Treasuries e os preços subiram.

Na Bolsa paulista, as vendas de ações foram limitadas pela disputa em torno do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira. No foco dessa briga estão principalmente Vale, que subiu, e Petrobras, que recuou, tendo como pano de fundo a baixa dos preços do petróleo no mercado externo. A petroleira brasileira anunciou após o fechamento dos mercados um lucro líquido de R$ 7,734 bilhões no segundo trimestre de 2009, o que representa uma queda de 20,4% em relação ao mesmo período de 2008 e um aumento de 33% ante o primeiro trimestre deste ano. Apesar do recuo final de 0,72%, o índice paulista apurou ganho de 0,55% em cinco dias e computou a quinta semana consecutiva de ganhos, acumulados em 15,07%.

O dólar à vista subiu, após três baixas seguidas, e valorizou-se na semana 1,59% no balcão e 1,73% na BM&F. No mercado de juros, os indicadores fracos nos EUA ampliaram o fluxo vendedor e as taxas tiveram perda expressiva. Diante do cenário favorável para os preços nos próximos meses, os prêmios para uma alta na Selic já nos primeiros meses de 2010 foram bastante reduzidos na curva.


BOLSA
Os Estados Unidos novamente entregaram indicadores mais fracos dos que as previsões, e hoje eles encontraram terreno fértil para levar as bolsas a uma realização de lucros. A Bovespa, que acompanhou o resultado negativo dos índices acionários norte-americanos, teve as vendas parcialmente neutralizadas pelo vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira, que hoje já mostrou disputa mais forte nas blue chips Vale e Petrobras.

A Bolsa doméstica recuou 0,72%, aos 56.638,00 pontos. Apesar da queda de hoje, acumulou ganho de 0,55% em cinco pregões, pela quinta semana consecutiva de alta. Neste período, subiu 15,07%. No mês, a alta atinge 3,42% e, no ano, de 50,83%. Na mínima do dia, registrou 55.979 pontos (-1,87%) e, na máxima, 57.190 pontos (+0,25%). O giro financeiro totalizou R$ 5,434 bilhões.

Os balanços divulgados entre ontem e hoje até deram sustentação ao bom humor, garantindo ainda um pouco de ganhos à Bovespa no início dos negócios. Mas o dado do sentimento do consumidor preliminar da Universidade de Michigan fez os ventos mudarem. O indicador piorou em agosto, ao registrar 63,2, ante 66 em julho, 70,8 em junho, e abaixo da previsão de 69.

A leitura deste dado junto com a inflação ao consumidor medida pelo CPI mostrou que ainda é cedo para ter euforia com a recuperação econômica norte-americana. Os preços no varejo ficaram estáveis em junho no dado cheio e subiram 0,1% no núcleo, em linha, mas na comparação com julho de 2008, caíram 2,1% a maior queda em 12 meses já registrada desde janeiro de 1950. O núcleo do CPI subiu 1,5% em julho em comparação a julho do ano passado. Inflação sob controle é um dado bastante desejável, mas, em tempos de crise, é um indício de que a demanda está fraca e que vai demorar um pouco a recuperar-se.

Também saiu hoje a produção industrial norte-americana, que subiu 0,5% em julho ante junho. Embora seja a primeira alta desde outubro do ano passado, ela ficou abaixo das previsões, de +0,6%.

Com tudo isso, em Wall Street, o Dow Jones fechou em baixa de 0,82%, aos 9.321,40 pontos, o S&P 500 recuou 0,85%, aos 1.004,09 pontos, e o Nasdaq terminou com queda de 1,19%, aos 1.985,52 pontos.

Nova York também fez as bolsas europeias terminarem a sexta-feira em baixa, puxadas pelas perdas das ações de montadoras. Na bolsa de Londres, o índice FT-100 fechou em baixa de 0,87%, para 4.713,97 pontos. Na semana, acumulou queda de 0,37%. A bolsa de Frankfurt terminou com o Dax em baixa de 1,70%, para 5.309,11 pontos; na semana, caiu 2,75%. Em Paris, o CAC-40 perdeu 0,73%, para 3.495,27 pontos. Na semana, caiu 0,73%. O índice Ibex-35, de Madri, recuou 1,31%, para 10.901,90 pontos; na semana, perdeu 0,42%.

Vale lembrar que, na Europa, a Espanha apresentou hoje seu resultado do PIB trimestral. Ao contrário de França e Alemanha, que surpreenderam positivamente, os espanhóis anunciaram recuo de 1% na economia no segundo trimestre ante o primeiro e de 4,1% ante igual intervalo do ano passado - neste caso, a maior baixa desde os anos 1970.

No Brasil, a movimentação em torno do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira acabou trazendo volatilidade às ações, já que os investidores anteciparam a briga, principalmente em torno das blue chips. "Petrobras caiu bem menos do que o petróleo por causa do vencimento, assim como Vale subiu pela mesma razão", comentou o sócio e diretor de operações da Hera Investments, Nicholas Barbarisi.

A estatal divulgou após o fechamento do mercado seu balanço do segundo trimestre, no qual registrou lucro líquido de R$ 7,734 bilhões, o equivalente a uma queda de 20,4% em relação ao mesmo período de 2008 e uma alta de 33% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O resultado foi melhor do que os analistas ouvidos pelo AE Empresas e Setores esperavam, que era um lucro de R$ 6,37 bilhões.

O Ebitda do segundo trimestre somou R$ 17,513 bilhões, uma queda de 6% ante igual intervalo do ano passado. Já em relação aos primeiros três meses deste ano, quando o Ebitda totalizou R$ 13,423 bilhões, houve um avanço de 30,47%.

Petrobras ON caiu 0,51% hoje e PN, 0,43%. Na Nymex, o contrato do petróleo para setembro despencou 4,27%, para US$ 67,51 o barril. Vale ON subiu 0,81% e PNA, 0,90%. Os metais recuaram em Londres.

Bancos e siderúrgicas caíram: Bradesco PN, -0,73%, Itaú Unibanco PN, -1,53%, e BB ON, -0,48%, Metalúrgica Gerdau PN, -0,14%, Usiminas PNA, -2,97%, CSN ON, -1,93%. Exceção, Gerdau PN avançou 0,61%. O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) informou que a produção de aço bruto ficou em 2,495 milhões de toneladas em julho, o que representou uma queda de 22,8% ante o mesmo mês do ano passado. No ano, a produção acumula retração de 36,9%, para 13,061 milhões de toneladas. Em relação a junho, a produção cresceu 28,5%.

TAM PN liderou as perdas do Ibovespa ao recuar 6,69%. A empresa anunciou lucro líquido de R$ 788,9 milhões no segundo trimestre de 2009, um aumento de 134,1% ante igual período de 2008. O Ebitda somou R$ 55,4 milhões, com queda de 74%, e a margem Ebitda passou de 8,6% para 2,4%. Usiminas ON foi a segunda maior queda, com -5,70%, seguida por JBS ON (-4,34%).

Rossi Residencial ON liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 2,50%, seguida por AmBev PN (+2,28%) e Pão de Açúcar PNA, com +2,03%.

Segundo Barbarisi, a agenda da próxima semana não é muito forte, o que abre espaço para a Bovespa, passado o vencimento, amplificar a realização de lucros vista hoje. "Faltam dados novos para as ações continuarem subindo. Se isso acontecer, a única explicação é o apetite elevado, sobretudo dos estrangeiros", comentou. (Claudia Violante)


CÂMBIO
O dólar no mercado à vista reverteu as perdas registradas no início do dia e fechou em alta, em meio à volta da aversão ao risco no mercado internacional, que amparou vendas de ações e de commodities e compras da moeda norte-americana e de Treasuries. Pesou para essa realocação de recursos o índice de sentimento do consumidor norte-americano, medido pela Universidade de Michigan, que caiu de 66,0 em julho para 63,2 em agosto e ficou aquém da previsão de alta para 69,0. A piora da confiança dos consumidores dos EUA anulou qualquer reação ao dado um pouco melhor de produção industrial de julho no país, que subiu 0,5%, levemente abaixo da taxa estimada de 0,6%. Este foi o primeiro aumento da produção industrial nos EUA desde outubro do ano passado.

Segundo um operador de uma corretora em São Paulo, os investidores realizaram lucros hoje porque a queda da confiança dos consumidores nos EUA este mês reforçou a percepção de que o ritmo de recuperação da economia é lento, uma vez que os gastos dos consumidores continuam fracos. Isto já foi constatado ontem através do dado que mostrou recuo de 0,1% das vendas no varejo no país em julho. Esses indicadores confirmam as avaliações do Fed, divulgadas na quarta-feira após a reunião de política monetária que manteve os juros dos Fed Funds na faixa de 0% a 0,25%, de que a economia está se recuperando mas permanecerá fraca por bom tempo e que o juro no país permanecerá "excepcionalmente baixo" por longo tempo.

No mercado doméstico, diante desses sinais externos, os investidores acompanharam a realização de lucros nas Bolsas norte-americanas com vendas de ações na Bovespa. Muitos players, principalmente os estrangeiros, migraram para o mercado de câmbio, onde compraram dólares e saíram do País a fim de investir em Treasuries, gerando fluxo financeiro negativo, disse um operador de Tesouraria de um banco estrangeiro. Outros agentes também reverteram vendas de dólar do começo do dia, em operações de day trade, e reforçaram compras de moeda no mercado futuro, num movimento de stop loss que levou a cotação a subir até as máximas de R$ 1,857 no mercado à vista e de R$ 1,862 (+1,89%) no vencimento de dólar para 1º de setembro/09, afirmou um profissional de tesouraria de um banco nacional.

O ajuste de alta das cotações, de outro lado, atraiu alguns exportadores à venda de dólar, deixando o fluxo comercial positivo, informou a fonte do banco local. "Ainda assim, o net do fluxo cambial acabou sendo mais negativo", observou.

O Banco Central ajudou de certa forma a dar fôlego à alta da moeda ao fazer o leilão de compra à tarde e ao fixar uma taxa de corte equivalente à máxima intraday à vista, de R$ 1,857.

No fechamento, o dólar subiu 1,15%, a R$ 1,853 no balcão, e ganhou 1,01%, a R$ 1,8525 na BM&F. Na semana, o pronto acumulou valorização de 1,59% no balcão e de 1,73% na BM&F. Esses desempenhos quase neutralizaram as perdas da moeda em agosto, que foram reduzidas para 0,64% e 0,56%, respectivamente.

O giro financeiro total registrado na Clearing de Câmbio somou cerca de US$ 1,150 bilhão, dos quais US$ 1,036 bilhão em D+2, informou um banco nacional.

No mercado futuro, o dólar para setembro/09 encerrou em alta de 1,40%, a R$ 1,8530; a mínima foi de R$ 1,822 (-0,30%) no início da sessão. Segundo a BM&F, este vencimento movimentou um giro de US$ 13,876 bilhões, de um total com cinco vencimentos (todos em alta) negociados de US$ 13,941 bilhões.

Segundo a fonte do banco estrangeiro consultado, as compras de hoje foram feitas a preços considerados atrativos, uma vez que o dólar chegou a ceder no começo do dia até R$ 1,818 (-0,76%) no balcão e a R$ 1,820 (-0,76%) na BM&F. Por isso, é possível que, se o ambiente externo recuperar o otimismo na próxima semana, uma vez que a agenda será mais fraca, o mercado de câmbio poderá devolver essas posições compradas para realizar ganhos e retomar o sinal de baixa.

No mercado internacional de moedas às 18h10 o euro caía 0,46%, a US$ 1,4203; a libra esterlina recuava 0,17%, a US$ 1,6543; e o dólar perdia 0,24%, a 94,94 ienes. No segmento de títulos do Tesouro norte-americano, a demanda por papéis amparou o avanço dos preços e a queda respectiva dos juros. A taxa do T-Note 2 anos às 18h11 cedia 2,24%, a 1,0601%; o juro do T-Note 10 anos caía 0,99%, a 3,5711%; e o juro do T-Bond 30 anos recuava 0,33%, a 4,4319%.


JUROS

Os principais contratos de juros futuros encerraram a semana em níveis bem abaixo dos verificados na última sexta-feira, graças principalmente às quedas acumuladas nas duas últimas sessões. O movimento, que começou a ganhar força a partir da decisão do Fomc na quarta-feira, culminou hoje com mais uma leva de indicadores fracos nos EUA. A isso somou-se o cenário de inflação doméstica favorável a um ciclo longo de estabilidade da Selic para estimular a redução dos prêmios adicionados na curva para uma alta da taxa básica nos próximos meses.

Nesta sexta-feira, os DIs registraram queda forte, acelerada na parte final da negociação estendida, quando os principais contratos renovaram as mínimas. Segundo operadores, houve tanto zeragem de posições tomadas quanto fluxo novo de vendas, sobretudo de players locais. O DI janeiro de 2011 (186.555 contratos) fechou a 9,60%, ante 9,71% ontem e o DI janeiro de 2012 (67.075 contratos), terminou na mínima de 10,86%, de 10,97% e 10,98% no ajuste e fechamento ontem. O DI janeiro de 2010 (109.035 contratos) recuou para 8,58%, de 8,61% ontem. Na sexta-feira da semana passada, estes contratos tinham respectivas taxas de 9,88%, 10,98% e 8,68%.

Em boa medida, a curva tem acompanhando o movimento visto nos Treasuries, que desde ontem vêm mostrando elevação de preço e recuo nos yields. Parte deste comportamento é atribuído aos indicadores econômicos abaixo do esperado. Após a decepção do mercado ontem com a redução inesperada das vendas no varejo em julho nos EUA, hoje outra variável relacionada ao consumo frustrou. O índice preliminar de agosto da Reuters/Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor caiu para 63,2, de 66 em julho e de 70,8 em junho. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam avanço para 69. Outros índices também caíram em agosto. O índice preliminar das condições atuais cedeu para 64,9, de 70,5 em julho, enquanto o índice de expectativas caiu para 62,1, de 63,2 em julho. Ainda, o mercado viu o recuo de 2,1% no
índice de inflação ao consumidor (CPI, em inglês) em julho ante julho do ano passado, a maior queda em 12 meses já registrada desde janeiro de 1950, como mais um sinal de fraqueza da economia.

Os números colocaram as ações e as commodities em rota de queda, ajustando o otimismo recente. Em Wall Street, Dow Jones e S&P 500 cederam 0,82% e 0,85%, enquanto os Treasuries exibiram alta nos preços e queda nos juros. A T-Note de dez anos recuou a 3,572%, de 3,606% ontem.

"O cenário hoje reflete uma correção do exagero das bolsas, que também acabou pressionando a curva do DI nos últimos dias. O mercado de juros parece voltar a focar nos fundamentos, como o cenário benigno para a inflação", afirma o analista econômico da CM Capital Markets Luciano Rostagno.

Diante do choque de realidade que os mercados externo estão vivendo - na Europa, foi divulgado o recuo de 4,1% no PIB da Espanha no segundo trimestre -, torna-se cada vez mais distante a possibilidade de haver uma onda de aperto monetário pelo mundo nos próximos meses e isso dá conforto aos vendedores no mercado de juros. "O mercado está deslocando a aposta de elevação do juro mais para o segundo semestre de 2010", diz Rostagno, acrescentando que os prêmios para uma contração monetária já nos primeiros três meses do ano que vem já caíram bastante. Para a decisão do Copom de janeiro, por exemplo, a precificação para um aumento da Selic, que chegou a 0,5 ponto, desacelerou para cerca de 0,15 ponto.

No entanto, ainda que a perspectiva para os preços aqui seja favorável, ele não aposta em uma migração do quadro atual de apostas para o próximo Copom, de estabilidade para uma nova queda da taxa básica, em setembro. "Espaço (para mais corte) há, mas não acredito que o BC vá fazê-lo nem que o mercado vá se aventurar em peso nessa aposta. O BC poderia reduzir agora, mas teria de subir mais o juro lá na frente. Não me parece que ele (BC) queira uma política monetária volátil, e sim estável", diz. Os DIs de curto prazo, afirma o economista, continuam precificando manutenção da Selic ao longo de 2009.

A postura do Copom traduzida na ata da reunião de julho e a recuperação, ainda que inconsistente, da atividade interna são outros argumentos que sustentam a percepção de que o ciclo de afrouxamento do juro de fato acabou, principalmente porque o Banco Central quer avaliar os efeitos defasados sobre a economia de ter colocado a Selic na mínima histórica de 8,75%.

Nesta tarde, Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) informou que as vendas de papelão ondulado no mês passado somaram 194 mil toneladas, segundo dados preliminares. O resultado representa uma expansão de 3,78% em relação ao dado atualizado de junho (186,9 mil toneladas), mas queda dos mesmos 3,78% ante julho do ano passado. O resultado de julho é o melhor indicador de vendas do setor este ano, superando a marca do mês anterior.

O calendário da próxima semana será importante para testar a tendência vista nesta sexta-feira. Vários índices de inflação sairão ao longo dos próximos dias - IGP-10 (terça-feira) e IGP-M (2ª prévia de agosto na sexta-feira), mas a grande expectativa são os números do mercado do trabalho no Brasil. Na semana que vem, será conhecido o Caged de julho, em data ainda não definida, e na quinta-feira o IBGE informa a pesquisa mensal de emprego também de julho. Também na quinta-feira, a Receita Federal informa o resultado da arrecadação em julho, que merecerá toda a atenção nos atuais tempos de preocupação com o quadro fiscal.